Um deslocamento estranho que me faz questionar como construí meu lugar, modo de ser e estar. O que é que nos torna tão distantes da África? Por que sabemos tão pouco, quase nada? Por que meus alunos nunca ouviram falar de Cabo Verde ou de São Tomé e Príncipe? Como é que o ignorar tudo isso faz parte de nossa constituição e o que significa ser algo às custas do esquecimento do outro?
Que é Morabeza!?
Morabeza é uma palavra usada em Cabo Verde. Está por toda a parte, em todo lugar, na música, no dia a dia, na literatura. No mercado, na praça, nas calçadas. O objetivo desse blog é tentar descobrir o que é morabeza, vivendo, sentindo, mergulhando, enquanto caminho, por entre as descobertas de Cabo Verde. Esse blog faz parte de um pré-projeto chamado " Encontros e invenções: aventuras transatlânticas" em parceria com Estevão Fontoura.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Escola Esperança
Esses meninos fazem parte de um projeto em Cabo Verde que envolve inclusão social através do esporte. Na ocasião, os alunos visitavam a praia da Laginha, em Mindelo. Os alunos que passaram de ano receberam como prêmio uma visita à praia. O curioso foi que, antes de entrar na água ou fazer qualquer outra coisa, os miúdos se preocuparam em gravar o nome da escola na areia. O professor disse-me que a atividade esportiva está diretamente ligada à atividade escolar, sendo que a premanência no time depende diretamente do desempenho na escola.
domingo, 29 de agosto de 2010
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Cachupa!
Nossa que delícia! Cachupa é um prato típico e pode variar de ilha pra ilha, mas a base são três tipos de feijão: pedra, manteiga e congo (ervilha ). Vai também milho de canjica. Todos os grãos são cozidos no ponto e são bem macios. O destaque fica por conta da canjica que desmancha facilmente na boca e tem um sabor que neutraliza o peso dos demais ingredientes, que são um ovo frito, duas ou mais rodelas de linguiça e um pedaço de peixe. Tudo frito. É um prato pesado porém muito energético, em dia de sol como o de hoje dá trabalho terminar a refeição. Falta a pimenta. Parece que condimento não é o forte do lugar, mas isso em nada interfere na riqueza de sabores. Aliás, a comida daqui me fez pensar no modo como venho abusando dos condimentos, muitas vezes sem necessidade.
Enfim, cachupa é uma maravilha!
Comida é...
Cachupa - guizado de congo - massa de milho com galinha da terra.
Arroz com frutas e camarão.
O arroz é bem seco e leve, macio. É misturado com cenoura e camarão em boa quantidade, sem casca e tamanho médio. As frutas são arranjadas em cima do arroz: cinco fatias de papaya e e oito rodelas de banana. O papaya encorpora o sabor dos temperos e do camarão, tem textura macia e cremosa, desmancha na boca. O prato é bordejado por alface picada que deve ser comida por primeiro pois o calor do prato as faz murchar. A combinação de sabores dispensa o uso de condimentos. Além de ser um prato leve, a combinação papaya/alface ajuda na digestão. O contraponto fica por conta da banana, doce e pesada ( no meu caso a banana da uma sensação de peso no estômago, chega a me encomodar. ) Suco natural para acompanhar, frutas tropicais.
Arroz com frutas e camarão.
O arroz é bem seco e leve, macio. É misturado com cenoura e camarão em boa quantidade, sem casca e tamanho médio. As frutas são arranjadas em cima do arroz: cinco fatias de papaya e e oito rodelas de banana. O papaya encorpora o sabor dos temperos e do camarão, tem textura macia e cremosa, desmancha na boca. O prato é bordejado por alface picada que deve ser comida por primeiro pois o calor do prato as faz murchar. A combinação de sabores dispensa o uso de condimentos. Além de ser um prato leve, a combinação papaya/alface ajuda na digestão. O contraponto fica por conta da banana, doce e pesada ( no meu caso a banana da uma sensação de peso no estômago, chega a me encomodar. ) Suco natural para acompanhar, frutas tropicais.
A chegada em Praia - capital de Cabo Verde
Na chegada a Praia, às 7:30 da manhã, me dou conta de que atravessei o oceano. Olha para o lado, pessoas de várias nacionalidades, africanos de várias partes do continente. A chuva ameaça. Tenho que pensar em três moedas: escudos, euro e real para poder me situar. Não sei muito bem o que fazer. Pergunto no balcão de informações sobre o câmbio. abre às 8:00hs. Espero. Uma ou outra pessoa me olha, o que é bom.
Não consigo tomar uma decisão. Não posso ficar aqui. Tenho que pisar na terra. Vou em direção ao táxi. Quem me atende é Zé Maria. Peço para que me leve até o centro da cidade e me deixe lá. Ele começa a barganha. Por 50 euros fica comigo todo o dia e me leva de volta ao aeroporto em tempo.
Não consigo tomar uma decisão. Não posso ficar aqui. Tenho que pisar na terra. Vou em direção ao táxi. Quem me atende é Zé Maria. Peço para que me leve até o centro da cidade e me deixe lá. Ele começa a barganha. Por 50 euros fica comigo todo o dia e me leva de volta ao aeroporto em tempo.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Bandeira
http://www.governo.cv/
A Bandeira Nacional é constituída por cinco rectângulos dispostos no sentido do comprimento e sobrepostos.
- Os rectângulos superior e inferior são de cor azul, ocupando o superior uma superfície igual a metade da bandeira e o inferior um quarto.
- Separando os dois rectângulos azuis, existem três faixas, cada uma com a superfície igual a um duodécimo da área da Bandeira.
- As faixas adjacentes aos rectângulos azuis são de cor branca e a que fica entre estas é de cor vermelha.
- Sobre os cinco rectângulos, dez estrelas amarelas de cinco pontas, com o vértice superior na posição dos noventa graus, definem um círculo cujo centro se situa na intersecção da mediana do segundo quarto vertical a contar da esquerda com a mediana do segundo quarto horizontal a contar do bordo inferior. A estrela mais próxima deste bordo está inscrita numa circunferência invisível cujo centro fica sobre a mediana da faixa azul inferior.
Fortaleza da Cidade Velha
Entrada na parte posterior.
Matemática no fronte queridão!
Bala na agulha - física na cabeça!
Canhões e a guarita
Vista da parte posterior. Aqueles buracos na parte superior era onde se introduziam as armas.
Essa é a cisterna. A água da chuva era canalizada e corria para dentro desse imenso reservatório. É possível ver as marcas da água na parede.
Esta é a fortaleza da cidade velha. Foi por aqui que os portugueses entraram em Cabo Verde. Construíram essa fortaleza no lugar mais alto da ilha em 1538. Foi depois tomada por piratas e destruída.
Matemática no fronte queridão!
Bala na agulha - física na cabeça!
Canhões e a guarita
Vista da parte posterior. Aqueles buracos na parte superior era onde se introduziam as armas.
Essa é a cisterna. A água da chuva era canalizada e corria para dentro desse imenso reservatório. É possível ver as marcas da água na parede.
Esta é a fortaleza da cidade velha. Foi por aqui que os portugueses entraram em Cabo Verde. Construíram essa fortaleza no lugar mais alto da ilha em 1538. Foi depois tomada por piratas e destruída.
Pessoas
No mercado em Praia - Ilha de Santiago
Este é o guia da Fortaleza da Cidade Velha. Gonçalves
A menininha chama-se Tiandra e o nome da mãe dela não consigo falar!
Essa foi a primeira foto que eu tirei, assim que desembarquei. A mulher provavelmente é do Senegal.
Uma coisa que descobri logo no primeiro dia: eu gosto de encontrar pessoas.
Este é o guia da Fortaleza da Cidade Velha. Gonçalves
A menininha chama-se Tiandra e o nome da mãe dela não consigo falar!
Essa foi a primeira foto que eu tirei, assim que desembarquei. A mulher provavelmente é do Senegal.
Uma coisa que descobri logo no primeiro dia: eu gosto de encontrar pessoas.
A foto de abertura registra uma parte do que senti quando cheguei a essa casa e me deparei com essa cena: perdi a voz, não conseguia falar nada, nem pensar. Apenas olhei, senti a imagem. Aquele mar ao fundo...
Cheguei em casa de seu João por meio de Zé Maria, o taxista que por 50 euros andou comigo o dia inteiro por muitos lugares de Praia, na Ilha de Santiago, a capital de Cabo Verde. Ele me levou até sua casa, à casa de seu irmão. E me ensinou a ter um pouco de paciência, negociar com calma...
Cheguei em casa de seu João por meio de Zé Maria, o taxista que por 50 euros andou comigo o dia inteiro por muitos lugares de Praia, na Ilha de Santiago, a capital de Cabo Verde. Ele me levou até sua casa, à casa de seu irmão. E me ensinou a ter um pouco de paciência, negociar com calma...
Assinar:
Postagens (Atom)